Noturnas migrações, os nódulos de minha mão nômade
Alcançam teu ventre nu.
A palma em concha, detenho em teu pequeno monte feminino,
E escrevo com meus pousados dedos de poeta,
Delicadezas no papel-carne de teus grandes lábios.
Intumescências de fonte a medrar quente e lúbrica...
Por tuas trêmulas cochas entreabertas, teu querer de fêmea
Aflora com minha língua em leque em tua terna gruta.
Toma-me inteiro a hora em que beijo a vermelhidão de tua urna
E bebo sôfrego desse cálice derramado de prazer.
Sou teu arado, minha doce amante, vulva roçada em cio!
Agarro-te pelas suadas ancas diante de teu olhar pedinte,
Teus dedos crispados em meus cabelos,
Teu gosto, teu cheiro, teu calor, teu grito...
“Devora-me-te” que te decifro sem saber mais quem sou.
26 de agosto de 2009
O enigma dos amantes
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Um comentário:
Obrigado pela tua visita a meu blog e pela gentileza de lá deixar seu comentário...
Pude conhecer o seu, e quero também te parabenizar...
Obrigado...bjos.w
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