Espreito insone,
Em minha escuridão.
Está densa a noite...
E a solitude vem medrar das sombras
E atormentar meu silêncio.
Nessa hora morta
Sou um espectro arredio.
A alma chora desfeita
Entregue e sem retorno
Qual fantasma angustiado e vazio.
Sussurro um lamento...
Aquiete-se coração meu,
Não há outro jeito!
As asas da falena, puídas,
Desmancharam-se pelo chão!
Impossível voar depois que se cai.
Há de se recomeçar pela lagarta:
Devorar e ceder à metamorfose.
Amar é o motor e a decorrência.
Um dia secar as novas asas e ascender!
22 de agosto de 2008
Inútil Vigília
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8 comentários:
"Ir-se" foi simplesmente incrível!
Daí foi brotando aos pouquinhos aquele "poemário". Me ajuda a achar um título pra ele?
"Inútil Vigília" também tem qualquer coisa de lágrimas nos olhos (nos meus olhos).
Saudades de ti poeta.
PAZ.
você é um amor de menina Vanessa!
...de insone pra insone, te digo: você não devia me fazer ler isso, poxa. :D
Aquele no balcão chora pelo amor, o outro à mesa chora pelas perdas, mas todos (até o garçom) choram pelo desejo. E sobrevivemos.
Isso mesmo, cara, isso mesmo!
Beijão
Mario
O ser humano só vive pq é descontente, tem sempre um algo a mais a realizar, do contrário morre antes de morrer...
Há que haver sempre um sonho por realizar, sempre um desejo que arde ainda irrealizado. Ou, não haveria aquela expressão " depois de (um evento particular e específico) eu morreria feliz!" Essa é a expressão do total cumprimento dos objetivos de vida. Que restaria depois? Só morrer...
Do pó ao pó, né Mony... ;)
isso mesmo!!!!!!!!!!!!!!!
Beijos Mony & DENIS
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