Beijos de vento, penhasco acima,
Minha silhueta é uma sombra fria,
Olhos no mar e sonhos na noite.
Nem a luz, nem a fonte, nem o guia.
Imóvel, sou parte dos muros da torre,
Aquele que ascende a chama.
A ilha é o que sou, um ponto,
A boca do lume, o óvulo, o habitante do rochedo.
Na noite, o vôo é a metamorfose do inseto.
Sou quem ateia o fogo diante da lente e espera cego.
O que faço vem do que sou.
É pelo que não sei que faço a vigília.
21 de dezembro de 2008
Abrolhos
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Um comentário:
Vigília sem fim, então, esta nossa...
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