Há nos campos uma flor rústica e selvagem,
Solar, resistente, pequenina e amarela
Como um minúsculo girassol!
É até fácil de encontrar. Basta desarmar a alma...
Não tem perfume. Não morre fácil,
Não precisa de cuidados.
E destaca-se nos olhos das crianças
E dos que não perdem esse jeito de ver...
Rasteira, oscila na brisa, entre ervas verdes,
Quase uma dança de mil ritmos,
Fitando o sol a gritar os nomes indizíveis de Deus...
Sem pensar sabe que é filha da luz.
Este é o enredo do poeta: perceber o acaso da flor,
Encontrá-la de repente entre seus murmúrios.
Assim é seu degredo do mundo: compreendê-lo,
Lendo encantamentos em suas entrelinhas!
16 de dezembro de 2008
Dente de Leão
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2 comentários:
Noooosssaaaa!!!!
Simplesmente Mario!
Gostei muito, de verdade...
Belíssimo!
E, geralmente, o mundo "material" é tão assustador e desinteressante que nos faz perder o rastro dessas entrelinhas.
Importante é buscar o Real...
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