4 de setembro de 2009

Gênese 4.0

poema de Adriano Francisco Geraldo

para Carol
Navegue aqui comigo
Adormecido corpo na vitória-régia.
Sobre as águas de meu umbigo
Estrelas consteladas guiam na tragédia!

Eterno parto onde esqueceram
De ceifar o sanguíneo cordão,
DoisUm amanheceram
corpo-pântano em coração!

Mundo adâmico em bocejos!
Descoberta tátil do novo,
Enciclopédias selvagens de beijos
Arrancadas do alquímico ovo!

Onde páginas de parreiras
Não cobrem vergonha alguma.
Não existem tristezas verdadeiras
Nem pálida mentira nenhuma!

O Anfitrião não nos mandará embora
Do quintal vedado pelo grande portão.
No original da macieira brota a amora,
Pecado é negar nosso duplo coração!

E se acaso cansar do divino paraíso
Combinado fica um pequeno sinal.
Flor no cabelo, zape ou sorriso
E correremos nus para além do matagal!

Planejaremos assim nossos novos feitos:
Desenhos em cavernas, escritas e roda.
Arquitetando para a vida outros novos jeitos
A beira da praia onde soltaremos a corda!

E no futuro lunar de amor ungido
Outra gigantesca flor brota,
Do casamento do já unido
Uma embarcação para uma nova rota!

2 comentários:

De Marchi ॐ disse...

esse galeguinho sempre mandou muito bem nas letras... :)

Carolina disse...

Não só nas letras Pequenino Denis... rs