Neste entardecer quase em brasa
Fui tomada por um indesejável
Silêncio de línguas repousando,
Letras descansando sob a ponta do lápis
E pensamentos, que de tanto acalanto,
Adormeceram...
Na varanda,
Sem outra opção a não ser permanecer,
Deparo-me com intervalos, pausas, ausências.
Consumo-os com uma voracidade toda humana
De ser e estar em cada coisa.
E sinto no silêncio incômodo
Uma presença quase sagrada
Poesia me espreitando,
Inusitada, límpida, divina,
Por entre as cortinas entreabertas
E rimas que nunca uso.
Então observo...
Um andar vagaroso, quase próximo...
Uma procissão de letras em palavras descrentes
E de repente vejo
(Com olhos profundos por se saberem urgentes)
Um sorriso no canto do lápis...
11 de junho de 2008
Ímpeto II
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2 comentários:
Lindo. Você o trouxe pra cá! que ótimo. Adorei!
um beijão, Vanessa.
Mario
hehehe as poesias da Vanessa sempre me fazer ler e reler na sequência...
olha isso "Uma procissão de letras em palavras descrentes E de repente vejo Um sorriso no canto do lápis"...
duca, né?
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