Falo de ti poema sangrado por vozes sussurradas de mim.
Falo do que ouço às vezes por um fio de som,
Meus teoremas, meus presságios, meus dilemas.
Ouço a alma surrada de desencantos e encolho-me.
Que dizes maltratado filho de Prometeu,
A desmedida fonte castigada que aos deuses desobedeceu?
Os gemidos nada revelam, mas não aplacam a dor.
Não há mais soluções para o orgulho da raça
E o que faço é relembrar o sonho perdido.
Sangra palavra minha sem rumo,
Que em ti se esvai a vida contida em meus pesares,
Sangra. Não há remédio para essa ferida,
Só eu a envelhecer, meu encontro em minha procura.
17 de junho de 2008
Poema Sangrado
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3 comentários:
Caramba, um lijeiro dejavu... reconheci conversas e desabafos madrugadores...
É! este poema não é novo...
Alegoria sobre a inutilidade da raça!
Mario
O bom remédio para manter a sanidade é deixar de lado os sonhos perdidos e partir para as realidades possíveis. O resto é divagação, pois a existência não é exatamente como "sonhamos" mas sim como "podemos" fazer. A raça não tem outra utilidade a não ser ser feita a imagem e semelhança de Deus, ou seja, ser feita, ainda não está pronta. Mas o que o nobre poeta pensa sobre este "façamos o homem a Sua (Deus) imagem e semelhança...", em versos ? Abraços...(O inverno é recomendável para um café...)
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