A casa vibra de motores obsessivamente domésticos.
Os livros adensam-se nas paredes.
A janela sopra, fria.
Chove, já não chove.
Maquio papéis com as palavras...
São versos e vícios tatuados a esferográfica,
Moto contínuo.
No dia seguinte estarão unidos,
Ecos e tinta
E mentirão descaradamente.
31 de agosto de 2008
Diário 02
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5 comentários:
"Maquio papéis com palavras
São versos e vícios tatuados a esferográfica"
Querido Mario, "devorei" esses diários! Belíssimos!
PAZ.
você me faça sempre companhia, Vanessa!
Beijo
Mario
Farei.
Muito bom, Mario...muito bom...vc tem uma inspiração torrencial...
Tem sempre um pouco de Fernando Pessoa na vida diária, não ?...as mentiras descaradas dos poetas, serão tão descaradas assim ?...rs
Beijo !
(Seu blog sempre me ajuda a conectar-me com a inspiração. Não vejo a hora de ter novamente impulso para compor...)
O que são as mentiras senão verdades adormecidas?!
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