poema de Adriano Francisco Geraldo
Encher de cosmos o enfeite dos cabelos de outroSonhar é quase isso...
Quase não pensar
Isso seria o que nos é suficiente...
Quando ele ia arrastava a neblina consigo...
A desordem dos sons...
Uma cerca rangendo fecha a poesia...
Sou um poeta primitivo...
Fumo, cuidado, contra o vento
Não quero incomodar o sono
dos Marimbondos
Sobre a minha janela...
Os insetos já se acostumaram com minha ausência
São indiferentes a minha presença...
E a paisagem quando escrevo é minha...
Cubro-me quando vou dormir,
com as peles que não cacei,
com as linhas que não teci
e com os corpos que não amei...
Como hei de ter sono tranqüilo então?
Inda mais num dia de chuva!?
O destino, se é que ele existe, deve ser cheio de improvisos...
A ausência metafísica dos bancos das praças...
Um gerúndio é uma dádiva...
Em geral,
acho que durmo mal mas, ao longo do meu dia
Percebo que estou mal acordado como se
um sono ensopasse a roupa que é meu corpo...
Eu às vezes sonâmbulo
Eu ás vezes despertâmbulo.
Um comentário:
Obrigada por estes presentes...
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