18 de novembro de 2008

Sina

Carrego o amor perverso do meu sangue
O jurado eterno amor das saudades e dos desejos,
O amor das perdas, das culpas, tão grande e enrugado amor.
Carrego o fardo dos irmãos acuados, corpo e alma,
O gosto amargo do estrangeiro em sua própria casa,
O pavor do filho que não sabe se foi querido,
Tão grande e enrugado medo.
Trago comigo as juras não cumpridas dos antepassados,
Seus pequenos e grandes crimes e deslizes encobertos.
Vivo a sina das condenações herdadas,
Os instantes perdidos,
Os pecados sem testemunhas e a vida por fazer.
O sangue não nega e eu nem sei quem fui
Nem quanto serei culpado.
Tão pequeno e enrugado ser.

Um comentário:

Vanessa Marques disse...

NOssa! Está lindo poeta! Lindo mesmo!

Um super beijo pra você!
Te adoro!