26 de abril de 2008

Noturno 02

Para Denis

A estrada é o ir e vir de meus enganos.
Noite adentro é nela que vou desenrolar solitude,
Desvendar enigmas e criar delírios.


A luz amarela é de sódio mas pouco importa.
São fios de ouro falso nos olhos transeuntes e em desatino.
O reflexo do asfalto molhado é um vertiginoso céu sob o carro.

Presságio após presságio, equilibrista sobre o espelho,
Desafio maquinalmente minhas falsas impressões pelo caminho,
Enquanto a fluorescência oculta todos os mistérios.

2 comentários:

De Marchi ॐ disse...

Obrigado... :)
Leio e viajo como nunca numa São Paulo que apenas julguei conhecer.
Os Noturnos matam a pau.

Vinícius Castelli disse...

Que lindo. Fecho os olhos depois de ler e vou longe, sabia!