22 de outubro de 2008

Em teus olhos

O que vi em teus olhos,
Loba ferida de esquecimento?
Elos, desvelos, memórias e apelos de tua asfixia!
Há neles um remoído esperar,
Moinhos de ventos dissolvidos...
Entre teus dedos, nada mais que o suor
Molha-te na inquisição dos medos
E urge teu desespero por não buscares.
Ao refrear o instinto tu continuamente deixas
O sonho por fazer. És véspera do que te trai.

Luta, e volta para ti, mulher quase vencida!
Redime teu ser selvagem e corre a te cumprir
Antes que percas de vez teu encantamento
E em tua jaula permaneças perdida e inerte
A te olvidar de quem fostes, tão livre eras...

2 comentários:

De Marchi ॐ disse...

"És véspera do que te trai." :)

Mario Ferrari disse...

du cacete...
Valeu, Denis!