31 de outubro de 2008

Janela

Abra a janela, vamos abra a janela!
Com o sol virão brisa e pó.
Com uma, todo o encanto,
Com o outro o ir do tempo.

Reabrir-se é permitir o arrebatamento,
Mas também é, despido, sujar-se
E aceitar naturalmente o desalento
Do que envelhece e morre.

Janelas e corações são para ver o sol
E permitir que tudo aconteça.
Luz, ar, pó e movimento,
Desejo e momento de continuar.

Morremos naqueles que perdemos,
Mas renascemos em quem amamos.
E assim, sem medo do desencanto.
Varremos o pó e reabrimos o coração.

2 comentários:

Vanessa Marques disse...

"Morremos naqueles que perdemos
Mas renascemos em quem amamos"

Fiquei surpresa com seus últimos poemas...já estava com saudade!

Sinta-se abraçado poeta...sinta-se abraçado...

PAZ.

De Marchi ॐ disse...

puts... sabe que pensei nessa janela como algo mais virtual? Sempre uma nova leitura...