15 de outubro de 2008

Pupa

Feia, pegajosa e desengonçada...
Meu corpo...
Quero o resgate do abandono.
Quanta vida me pertence?
Do fundo de meu abismo,
Sou como sombra de mim mesma,
Mas sonho.
E desce uma calma melancólica
Sobre meus ossos partidos.
Adormecida, ouço claramente
Uma última voz em mim que diz
“Quero”.
Última trincheira, minha vontade,
Um calafrio toma-me inteira,
Vejo- me livre na escuridão.
E o nome dessa mulher é alma,
Minha noite densa por terminar...
E de repente o corpo curado
É mais do que um corpo,
É uma centelha, um clarão,
Minha véspera.
E essa mulher ressurgindo
Serei eu!
Voarei de novo, eu sei!
“Por favor, ame ”!

2 comentários:

Mérci disse...

Que renascimento...
que encanto em distribuir desejos.
Você escreve lindíssimamente.
É prazeroso ler seus poemas.
Desculpe, mas é impossível ler e não comentar.
Um abraço

Edmea Thea Belladonna disse...

Mérci, obrigadinha!
vc é muito gentil mesmo!
BEJU
Edmea