5 de outubro de 2008

A Tua Carícia

Ah amado meu,
Interminável
anseio a me devorar,
Diante de ti caio de joelhos.
Preciso ouvir-te,
Saber de teu amor...
Longe de ti não tenho paz.
Não se desfaz a dor de tua ausência.
Simplesmente tenho medo
De que não me queiras mais.

A chave de meus portões
Já a tens e quando vens e entras
Em meu jardim, e danças
Nas terras úmidas de meu ventre,
Sou outra, sou calma, sou entregue
No aconchego dos teus braços.
Teu rosto em meu regaço,
Esqueço-me ausente
Do temor que me persegue.

Ah, meu desejo, meu amante,
Queria-me ver sempre tua assim.
Mas em mim, na solidão,
Quando aqui já não estás,
Ouço a voz de meu porão,
Meu triste e entranhado ser,
Que eterno jaz a lamentar
A dor de não poder dizer
Quem sou de fato eu inteira a te amar.

Se porém, um dia,
Firme como um homem-menino,
Pousares isento em meu dorso
Tua mão amável e acarinhares
Minha pele cansada de arrepios,
Eu abrirei essa entrevada porta
E libertarei o ser de meus vazios,
Minh’alma a sorrir para ti apaziguada,
Luz em meus olhares a me revelar!

2 comentários:

Anônimo disse...

Querida Edmea as vezes penso que você ouve minhas conversas...
Beijos

Edmea Thea Belladonna disse...

rssssssss
Mas não é assim que pensamos nos as mulheres? RSSSSSSS
Um super beijuuu pra ti Carol!