6 de abril de 2009

Andarilho


Com l’anima in pena ti leggo,
O vecchia poesia dun dolce spetro che m’invita...
Andiamo avanti! In breve sarò un ombra anch’io!




A arte é um poço de desejos e angústias.
Movo os olhos de quereres e nada vejo!
Andarilho entre as obras dos homens,
Serei órfão de um barco de descobrimentos,
Solitário numa praia de fantasmas.
Seis horas da manhã...
Penso em desistir,
Mas no calor tropical de Capricórnio
Andarilho, não descanso.
Não encontrei minha última epifania,
Somente angústias e presságios.
E a morte é uma fêmea de longos cabelos pretos
E olhos fundos a me fitar.

Um comentário:

Mérci disse...

Apenas um vulto na existência, nossa vida
Tênue e frágil vestimenta dos sentidos,
E quanto mais se projeta, mais se finda
Ironizando destinos, em utopia, consentidos.
E quando nada mais somos na terra,
Nem vulto, nem distorções, nem fragmento
O que somos?
uma marca translúcida, intransferível
Na dor e na alegria, até que a morte nos silenciem.

Lindo poeta,
amo ler você
beijos