21 de dezembro de 2010

Meridianos de Papel


Uma carta tem força de correr mundo
A carregar interditos desvendados,
Beijos declarados, despedidas insanas
Instantâneos de fotografia em descrições,
Confissões & Sonhos...
Meridianos
Quais porções narradas de tempo e espaço,
Fragmentos vivos
Em borrões de lágrimas.

Uma carta tem rosto de Esfinge,
Aura de mistério,
Tatuagens de letras dispersas
Grifos em frestas para os deuses,
Gritos nas mudas linhas escritas,
Dúvidas & mágoas,
Chagas de dor vivida,
Dívidas de amor
E todo o desejo de que alguém a leia!

Uma carta pode ser lírica & delirante...
Pode ser lisérgica, lunática, lúdica,
Ou mesmo carregada da mais terna liturgia
Rezada ao pé das dunas de areia das palavras...
Grãos de alumbramentos, encantos, descobertas
E desalentos em desatentos vôos
Da alma que passa, mas que insistentemente
Quer ficar!
Poesia, talvez...

Um comentário:

fabianacarli@yahoo.com.br disse...

Mário, como vai? Vc não vai se lembrar de mim, mas nos conhecemos há muitos anos na casa do saudoso Adilson, da rua Marina.
Eu não escrevia nada há 14 anos, e assim como mágica, voltei a escrever e te encontrei., e ainda poemas do querido Adriano. Vc poderia por favor encaminhar meu e-mail para ele?
Felicidades...