7 de maio de 2008

Metamorfose

Um calafrio e mais nada,
Vejo num clarão as barras do cárcere
E então a escuridão.
E o nome dessa mulher fugindo,
E o frio.

A noite escorre no meu sangue quente
E de repente o corpo velho no portão
É mais que um velho.
É a trágica visão de que sou eu
A vagar no vazio.
Então rio da solidão, e recomeço.
Uma centelha, um clarão
E o nome dessa mulher rugindo
É a morte.

2 comentários:

De Marchi ॐ disse...

Pequenas regressões ilusórias: nunca saímos dos mesmos lugares, só nos esquecemos das praias e abismos dessa geografia íntima...
De repente um ah! Oh! E a surpresa de descobrir-se em paradoxos.

Mario Ferrari disse...

e em arrebatamentos!

Abraços Denis

Mario