14 de maio de 2008

A tua fotografia

Assusta-me esse teu meio sorriso,
um lado da boca a esboçar alguma felicidade
Enquanto o outro melancólico, cai sutil,
Perde-se em um lago triste de sombras.

Encanta-me esse rosto levemente inclinado,
O ar de deboche falso a se defender,
Pendendo de lado, como que concedendo
Um pouco de si a quem te olha, mas não te vê.

Acontece que eu te vejo,
Meu amor entrincheirado,
Cada nuance de teu ocultar!
Só não consigo ler teus olhos.

Então, ai de ti, não sei o que escondes.
Pressinto apenas, e me desconsolo:
Tudo de ti, nada de mim na fotografia...
E a tristeza dos meus presságios.

3 comentários:

De Marchi ॐ disse...

Presságios, agouros, sussurros confusos, vozes das ressacas de pãs que, de boas conselheiras, nada têm.
Mas... puxa!
Que ótimas melodias!

:D

Mario Ferrari disse...

E que porcaria de amante é esse Apolo silencioso sempre pronto a excluir aquela que diz que ama...

Um abraço!
Mario

Edmea Thea Belladonna disse...

pois é! Amantes bons mesmo só os dionisíacos!
hihihihihihh

Beijos
Denis e Mario

Edmea Thea