17 de junho de 2008

O Penar da Alma


Procuro teu rosto entalhado em meus segredos.
O que me dizes alma outrora presa em teus grilhões,
O que podes dizer agora diante do vazio?
O que há para ser ainda num mundo corroído,
Derrota dos homens a se destruir ?
Amo tua liberdade faminta mas pago um alto preço.
Quem sou eu entre os véus do corpo que envelhece,
Essa puída trama que esgarçará inútil?
Mesmo assim consinto, alma, nada mais me cabe.
Amo e assim terei que ser custe o que custe.
Sei o que fazes; procuras. Pois que assim seja então.

3 comentários:

De Marchi ॐ disse...

Calar a alma não cabe a nós (nem seríamos capazes, ainda que tentássemos - e tentamos). A separação vem pelo acaso do Dia D e é incrível como as laboriosas mãos de todos os dias nesse momento nada têm a fazer.

Mario Ferrari disse...

sa parcas tecem e cortam os fios da vida a qualquer momento.
Mas Pessoa dizia ao menino Jesus: "até que eu acorde qualquer dia, que tu sabes qual é"
Sei lá, pelo menos é bonito! rssssss
Mario

Vanessa Marques disse...

Belíssimo...