8 de julho de 2009

Adormecida

Esquecida,
À espera de um beijo estrangeiro,
Fico à beira da porta de meu inferno
Ausente entre os homens e os monstros...
Sou uma estátua de deusa inerte,
Um grito travado no mármore...

Os olhos cegos que escondem minha presença
E um leve e plácido sorriso imóvel
Inibem a alma prisioneira
A escalar o abismo entre mundos!

Ninguém virá trazer aquele beijo redentor!


Nas vielas ruidosas os transeuntes cotidianos

Parecem inalcançáveis de tão próximos...
E há os que ainda acreditam em lendas,
Mas não sabem como é minha fábula.

Quem sabe por quantos séculos

Estive à margem do amor merecido!
Tudo por uma ferida feminina a sangrar,
Cálice continente e negado
Em nome do poder da espada!

Ah amável dor de ser mulher...

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carolina disse...

Amei