19 de julho de 2008

O jardim na encruzilhada

Daqui ao paraíso são instantes...
Vagamos num jardim de buscas encantadas,
Filósofos de mãos dadas a derrubar
Muros que construímos à noite, sonâmbulos.

Daqui ao inferno também é perto.
Tal qual riscar um fósforo num bar,
Perambular por trens suburbanos,
Acordar só diante do despertador.

Em qualquer lugar somos nômades de nós mesmos.
Imóveis viajantes do tempo vivendo somente a querer viver,
Não nos esqueçamos de que alçamos muros
E de que os muros hão de cair sempre.

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