30 de dezembro de 2008

Psiqué

Há muito que não acariciava meus sonhos...
Meu coração quase silente e adormecido,
Compassava o fastidioso cotidiano desalumiado
Onde eu parecia estar bem por não me saber de ti.

Meu corpo, tanto tempo deserto e abandonado,
Refloresceu com tua visita, meu nômade estrangeiro!
É hoje tua alegre morada de lençóis amarfanhados
Em nossos gozosos embates de amor e desejo.

Minha alma inflamada despiu-se de seu entorpecimento!
Foi teu beijo, amado meu e ainda o sinto em minha boca
Descuidada em meus pensamentos onde me dou inteira,
Marca da minha entrega, prova de meu querer.

Entranha-te em mim, meu bordão, meu arqueiro,
E faça de mim teu alvo, tua cabaça, teu ninho!
Quanta água deixarei que tomes de minha fonte,
Por desvelar meu corpo e minha volúpia!

Ama-me toda, mas não me desperdices como se nada fosse,
Toma –me, leia-me, reza-me como um credo de teu prazer,
Apossa-te de mim que assim serei teu refúgio sagrado.
Ânfora e senhora, abrigarei o amor que me fez plena e tua!

Um comentário:

Mérci disse...

"Ama-me toda, mas não me desperdices como se nada fosse,
Toma –me, leia-me, reza-me como um credo de teu prazer,
Apossa-te de mim que assim serei teu refúgio sagrado.
Ânfora e senhora, abrigarei o amor que me fez plena e tua!"

Lindíssimo poema!!!!
Incorporei, alimentei meu espírito e acreditei na minha alma.
Gostaria de encontrar o sentido
de um amor assim
Edméa,parabénssssss!